Lémures de colar, Varecia variegata
Em Madagáscar, matam esta espécie, pois associam-na a espíritos maus.
Desta forma, corresponde a uma espécie em vias de extinção, que quando pressente algo anormal ou pessoas que lhe são estranhas, existe nelas algo que lhes causa transtorno, começando a vocalizar intensamente.
Realizam intensamente o grooming e, geralmente, quando nascem muitas crias, existe sempre uma que é incapaz de se conseguir amamentar, por isso os tratadores são obrigados a retirar essa cria do grupo para lhe fornecerem leite até que esta seja capaz de sobreviver, contudo esta retirada origina consequências das quais se destaca:

- a inserção dessa cria novamente no grupo é difícil, pois quer a progenitora, quer os irmãos a rejeitam. Desta forma, é necessário introduzir a espécie de forma gradual, colocando-a e retirando-a, sucessivamente, sempre com a presença do tratador por perto, para o grupo perceber que essa cria está protegida;
-a mãe simplesmente recusa essa cria que não se consegue amamentar, não a ajudando (este facto é explicado pela bióloga: o tratador ou outro humano pode ter ajudado no parto e o nosso cheiro afeta logo a criação dos primeiros laços entre mãe e cria no período crítico desta, que é essencial para a sua relação e sobrevivência da cria;
-muitas das vezes a cria era deixada sozinha com os restantes do grupo sem o tratador, para ela própria criar as suas defesas e resistências, não estando sempre dependente do ser humano.