O leão marinho, com 22 anos, presente no Zoo da Maia chama-se Nico e corresponde a um ser vivo extremamente inteligente e é proveniente do aquário Vasco da Gama.

Esta espécie é muito confundida com as focas, contudo os leões marinhos diferem no facto de apresentarem orelhas e a locomoção com a ajuda das barbatanas e movimentos oscilatórios, já que no seu ambiente natural se deslocam, essencialmente, sobre rochedos. Contudo, as diferenças não saõ apenas morfológicas, mas também comportamentais: enquanto que as focas são monogámicas perenes, os leões marinhos são poligámicos, em que a fêmea escolhe o macho pelo seu território (machos lutam ferozmente pelo melhor). Quando as fêmeas escolhem o macho, já estão gestantes e o macho que melhor preoteger a sua cria, tem como prémio o acasalamento.

O Nico tem uma treinadora, a Sónia, pela qual revela um grande respeito e obediência, sendo coordenado por ela para apresentações pedagógicas, onde se aborda o seu comportamento, limpeza e reciclagem que se deve fazer dos plásticos para evitar que o habitat natural dele seja prejudicado, bem como a diferença que existe entre uma foca e o leão marinho.

Relação do Nico com a sua treinadora

A treinadora afirma que para trabalhar com um leão marinho é essencial que o animal e o ser humano transmitam tranquilidade e confiança um no outro. Desta forma, "é necessária muita paciência e "amor" pelo Nico" (afirma a Sónia), uma vez que ele, muitas das vezes, simplesmente se resigna a realizar as atividades de apresentação e do treino.

Nesse sentido, a treinadora refere que o "touch" (targeting) é essencial para ter o domínio inicial e controlo sobre um animal durante o treino, contudo este contacto físico deve ir sendo retirado ao longo do tempo substituindo-o por sons, que não necessitem de contacto direto entre o leão marinho e o treinador, algo que é essencial para as apresentações.
Simultaneamente, a treinadora refere que a recompensa é algo fundamental para reforçar positivamente uma tarefa executada corretamente. No entanto, a constante recompensa de peixe, utilizada no início de um treino, deve ir sendo variada com palavras positivas, carícias ou apitos, uma vez que que permite ao Nico, de igual modo, entender que o que realizou foi executado corretamente e o treinador se sente orgulhoso dele.

Por outro lado, a treinadora Sónia afirmou que um animal nunca deve ser sujeito a rotinas (no mundo selvagem também não o é). Uma das suas preocupações é nunca fazer a mesma sequência de apresentação, porque apesar de os sinais físicos terem sido retirados, o Nico não decorou sequências de sinais, mas sim SONS. Esta estratégia faz com que o animal esteja mais concentrado e o permita evoluir na resposta.

Concluindo, o Nico é um leão marinho muito bem tratado no Zoo.